sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

1º REUNIÃO SETORIAL 2018


O Pr. João Batista Cardoso, Coordenador do setor 39, no uso de suas atribuições convoca a todos os pastores/Dirigentes das congregações, lideres de departamentos, regentes de conjuntos e demais irmãos e irmãs que possuem função na congregação para a 1º Reunião Setorial que ocorrerá no próximo dia 24 de fevereiro do corrente ano as 19 horas na congregação Cidade das Flores, igreja polo do referido setor, para tratarmos de assuntos concernentes ao Reino de Deus.

Sua presença é de suma importância, onde falaremos do bom andamento da obra de Deus. Certos de vossa presença agradecemos com os mais sinceros votos de estima e renomada consideração.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

UMA ALIANÇA SUPERIOR


TEXTO ÁUREO
"Porque este é o concerto que, depois daqueles dias, farei com a casa de Israel, diz o Senhor: porei as minhas leis no seu entendimento e em seu coração as escreverei; e eu lhes serei por Deus, e eles me serão por povo." (Hb 8.10)
VERDADE PRÁTICA
A Nova Aliança em tudo é superior à Antiga porque se fundamenta em promessas superiores.
LEITURA DIÁRIA
Segunda – Hb 8.2: Um Tabernáculo celestial fundado pelo Senhor
Terça – Hb 8.3,4: Um ministério celestial que transcende o sacerdócio terreno
Quarta – Hb 8.6: Um ministério eficaz e fundamentado em promessas superiores
Quinta – Hb 8.10: Promessas fundamentadas no Espírito
Sexta – Hb 8.11: Uma promessa de natureza individual e universal
Sábado – Hb 8.12: Uma promessa de natureza misericordiosa
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Hebreus 8.1-10
1 ORA, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da majestade,
2 Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem.
3 Porque todo o sumo sacerdote é constituído para oferecer dons e sacrifícios; por isso era necessário que este também tivesse alguma coisa que oferecer.
4 Ora, se ele estivesse na terra, nem tampouco sacerdote seria, havendo ainda sacerdotes que oferecem dons segundo a lei,
5 Os quais servem de exemplo e sombra das coisas celestiais, como Moisés divinamente foi avisado, estando já para acabar o tabernáculo; porque foi dito: Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou.
6 Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de uma melhor aliança que está confirmada em melhores promessas.
7 Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda.
8 Porque, repreendendo-os, lhes diz: Eis que virão dias, diz o Senhor, Em que com a casa de Israel e com a casa de Judá estabelecerei uma nova aliança,
9 Não segundo a aliança que fiz com seus pais No dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito; Como não permaneceram naquela minha aliança, Eu para eles não atentei, diz o Senhor.
10 Porque esta é a aliança que depois daqueles dias Farei com a casa de Israel, diz o Senhor; Porei as minhas leis no seu entendimento, E em seu coração as escreverei; E eu lhes serei por Deus, E eles me serão por povo.

HINOS SUGERIDOS: 183, 406, 412 da Harpa Cristã

OBJETIVO GERAL
Explicitar a superioridade do Novo Concerto inaugurado por Cristo.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo l refere-se ao tópico l com os seus respectivos subtópicos.
I. Explicar os aspectos de superioridade da Nova Aliança: sua dimensão, natureza e importância;
II. Salientar a superioridade da Nova Aliança em seus aspectos posicionai, funcional e cultual;
III. Mostrar que a promessa do Novo Concerto é de natureza interior e espiritual; de natureza individual e universal; bem como de natureza relacional.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
Prezado (a) professora (a), chegamos numa seção bíblica importante da Carta de Hebreus: os capítulos 8-10. Esses capítulos narram os aspectos da Nova Aliança. Por isso, estude profundamente esses capítulos afim de preparar-se para esta e para as próximas aulas. Assim, o assunto de destaque desta lição abarca a natureza, os aspectos e a promessa da Nova Aliança. Ore ao Senhor, para que após a exposição desses capítulos, seus alunos tenham mais convicção a respeito da dispensação que ora desfrutamos: o tempo da graça.

INTRODUÇÃO
capítulo oito da Carta aos Hebreus apresenta uma aliança superior; um santuário superior e também um sumo sacerdote, Cristo Jesus, com um ministério igualmente superior. O antigo santuário terreno, com seu complexo sistema de ritos, dera lugar a um novo santuário, o celestial, onde o próprio Jesus oficia como Sumo Sacerdote. Mas Ele não é apenas um Sumo Sacerdote, Ele é o sumo sacerdote-rei, que está sentado à destra do Pai para interceder pelo seu povo. A Nova Aliança tornou obsoleta a Antiga por ser de natureza espiritual, interior e de se firmar em superiores promessas.
PONTO CENTRAL
O Novo Concerto que Jesus Cristo inaugurou é superior ao Antigo.
 
l - UM SANTUÁRIO SUPERIOR

1. Pertencente a uma dimensão superior.
Tanto o judaísmo como o cristianismo estavam familiarizados com a figura do tabernáculo de Moisés. No livro do Êxodo constam as instruções dadas por Deus a Moisés para a construção do Santuário (Êx 25.1-9). As recomendações dadas a Moisés, conforme expõe o registro sagrado, eram destinadas a construção de um santuário, onde Deus habitaria com eles (Êx 25.8). Essa era, portanto, a finalidade terrena do tabernáculo móvel e era nesse tabernáculo que tanto os sacerdotes como o sumo sacerdote exerciam seus ministérios. Todavia, foi no santuário celestial que Cristo entrou para oficiar, como Sumo Sacerdote, em nosso favor. Para o escritor aos Hebreus, esse tabernáculo é o próprio céu que é chamado de "verdadeiro Tabernáculo" por pertencer à dimensão celestial.

2. Possuidor de uma natureza superior.
O santuário terreno, mesmo tendo sido construído com objetos e metais preciosos, não era o verdadeiro tabernáculo, mas apenas um modelo do verdadeiro. Na verdade, o tabernáculo terreno era um tipo que aponta para o santuário celestial: "Olha, faze tudo conforme o modelo que no monte se te mostrou" (Hb 8.5). Ele era o lado visível de uma realidade invisível. Invisível, mas real! O santuário terreno era por natureza temporal, figura do verdadeiro santuário, que é espiritual e eterno. Foi nesse santuário que Jesus se tornou "ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo" (Hb 8.2).

3. Possuidor de uma importância superior.
É possível vermos a relevância do tabernáculo celeste quando o contrastamos com o terrestre. Certo autor destaca três grandes importâncias do tabernáculo terrestre. Primeiramente o tabernáculo propiciava as condições necessárias para manter comunhão no relacionamento com Deus. No tabernáculo celestial essa condição é plenamente satisfeita. Em segundo lugar, o tabernáculo era a garantia da presença divina no meio do seu povo. Esse fato faz com que o tabernáculo se conforme em cada detalhe ao seu caráter divino, isto é, unidade e santidade. Deus requer um santuário; o Deus santo exige um povo santo (Lv 19.2). No tabernáculo celeste, habita a plenitude da divindade. Em terceiro lugar, o tabernáculo revelava a perfeição e a harmonia do caráter do Senhor vistas na sua arquitetura, tais como as gradações em metais e materiais, os graus de santidade exibidos no átrio, o lugar santo e o santo dos santos. Mas tudo isso era apenas "sombra" da perfeição e harmonia do tabernáculo celeste.

SÍNTESE DO TÓPICO l
A Nova Aliança é dotada de uma dimensão superior, de uma natureza superior e de uma importância superior à Antiga.

SUBSÍDIO DIDÁTICO
Prezado (a) professor (a), antes de introduzir o primeiro tópico da lição desta semana, escreva no quadro estas três expressões: dimensão superior, natureza superior e importância superior, Após fazer a exposição do primeiro tópico, retorne à lousa e peça para que os alunos expliquem com as próprias palavras as expressões-chaves sobre o ministério da Nova Aliança.
 
II - UM MINISTÉRIO SUPERIOR

1. No aspecto posicional.
O autor mostra através de seus argumentos que Jesus, de fato, deve ser visto como verdadeiro sumo sacerdote-rei. Já foi destacado em lições anteriores que no Antigo Pacto nenhum rei exerceu de forma legítima a função de rei-sacerdote. Dois exemplos bíblicos de reis que tentaram atuar como sacerdotes, mas que foram reprovados são os de Saul e Uzias. Jesus é o único Sumo Sacerdote-Rei que cumpriu as exigências da profecia bíblica do Salmo 110.4. Por ser de uma ordem superior, a ordem de Melquisedeque, Ele não está sujeito às exigências do sistema levítico. E por ser Sumo Sacerdote da ordem de Melquisedeque também não está limitado a um tabernáculo terreno. O seu santuário, onde Ele oficiou, é divino, além de maior e melhor em dois outros aspectos.

2. No aspecto funcional.
No Antigo Pacto, os sacerdotes adentravam no tabernáculo para oferecer suas ofertas e sacrifícios muitas vezes, e o sumo sacerdote uma vez no ano (Hb 8.3). Cristo, à semelhança do sistema sacerdotal arônico, também deveria ter oferta para oferecer. Contudo, há duas coisas que diferenciam o sacerdócio de Cristo com o do Antigo Pacto: Ele mesmo se deu em sacrifício (1Co 5.7) e este, ao contrário do sacrifício levítico, não mais se repete, foi efetuado de uma vez por todas. Cristo, portanto, não está mais oferecendo sacrifício no céu de forma repetida como fazia os sacerdotes levitas. Agora, Ele intercede por todos os que o invocam.

3. No aspecto cultual.
O autor escreve a partir da perspectiva de que o culto levítico continuava em pleno funcionamento. Havia ainda nos seus dias sacerdotes que ofereciam sacrifícios e ofertas de acordo com a lei (Hb 8.4). A atividade sacerdotal juntamente com as demais funções exercidas pelos sacerdotes estava estritamente relacionada ao culto. Nesse aspecto, o sacerdócio de Cristo era superior porque sua atividade cultual era em tudo superior, visto se realizar no santuário celestial.
SÍNTESE DO TÓPICO II
A Nova Aliança inaugurada por Cristo é superior à Antiga no aspecto posicionai, funcional e cultual.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
O ANTIGO E O NOVO CONCERTO
Os capítulos 8-10 descrevem numerosos aspectos do antigo concerto tais como o culto, as leis e o ritual dos sacrifícios no tabernáculo; descrevem os vários cómodos e móveis desse centro de adoração do Antigo Testamento.
É duplo o propósito do autor:
(1) contrastar o serviço do Sumo Sacerdote no santuário terrestre, segundo o antigo concerto, com o ministério de Cristo como Sumo Sacerdote no santuário celestial segundo o novo concerto; e
(2) demonstrar como esses vários aspectos do antigo concerto prenunciam ou tipificam o ministério que estabeleceu o novo concerto.
(3) Jesus é quem instituiu o Novo Concerto ou o Novo Testamento (ambas as ideias estão contidas na palavra grega diatheke - testamento), e seu ministério celestial é incomparavelmente superior ao dos sacerdotes terrenos do Antigo Testamento. O Novo Concerto é um acordo, promessa, última vontade e testamento, e uma declaração do propósito divino em outorgar graça e bênção àqueles que se chegam a Deus mediante a fé obediente. De modo específico, trata-se de um concerto de promessa para aqueles que, por fé, aceitam a Cristo como o Filho de Deus, recebem suas promessas e se dedicam pessoalmente a Ele e aos preceitos do novo concerto (Bíblia de Estudo Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p.1910).

CONHEÇA MAIS
Aliança [Do lat. alligantia, ligar a, unir-se a] Em linguagem teológica, é um acordo firmado entre Deus e a família humana, através do qual Ele promete abençoar os que lhe aceitam a vontade e guardam os seus mandamentos (Gn 17.1-21). A base das alianças é o amor divino. É um compromisso gracioso da parte de Deus, pelo qual Ele concede-nos favores imerecidos". Para conhecer mais leia "Dicionário Teológico", CPAD, p.39.

Ill  - UMA PROMESSA SUPERIOR

1. De natureza interior e espiritual.
Debaixo da Antiga Aliança, Deus havia chamado os israelitas para ser o seu povo (Êx 19-5,6). Essa Aliança fora escrita em tábuas de pedras, revelando assim o seu lado exterior. Nesse aspecto, a lei agia de fora para dentro (Hb 8.9). Tendo o povo de Deus falhado em cumprir as exigências legais da Antiga Aliança, Deus prometeu fazer uma Nova. Nessa Nova Aliança, a lei divina não mais seria escrita em tábuas de pedras, mas sim no coração. Não mais do lado de fora, mas do lado de dentro (Hb 8.10).

2. De natureza individual e universal.
A Antiga Aliança é contrastada com a Nova também quanto ao seu alcance. Na Antiga Aliança, nem todos conheciam ao Senhor, o que estava reservado somente ao sacerdote, ao escriba e àqueles que se especializavam em minúcias da Lei. Nos dias de Jesus, era comum encontrar os "mestres da lei" que frequentemente eram consultados sobre os detalhes da Tora. Todavia, na Nova Aliança o Senhor prometeu que "todos me conhecerão" (Hb 8.11). Na Nova Aliança o conhecimento do Senhor está à disposição de todos os crentes e não apenas de uma classe privilegiada.

3. De natureza relacional.
O aspecto relacional é posto em evidência na citação deste versículo: "Porque serei misericordioso para com as suas iniquidades e de seus pecados e de suas prevaricações não me lembrarei mais" (v.12). A Nova Aliança é um concerto de misericórdia, graça e perdão. Certo autor destaca que o antigo sistema separava a religião da vida. O homem podia ser reto cerimonialmente e perverso no coração, ou reto no coração e incorreto cerimonialmente. Na Nova Aliança, em vez de uma "recordação de pecados todos os anos" (Hb 10.3 -ARA), como na Antiga Aliança, Deus não mais se lembra dos pecados de seu povo (Hb 10.17).

SÍNTESE DO TÓPICO III
A promessa do Novo Concerto é de natureza interior e espiritual; de natureza individual e universal; bem como de natureza relacional.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO
"Estabelecido o Novo Concerto em Cristo, o Antigo Concerto se tornou obsoleto (8.13). Não obstante, o Novo Concerto não invalida a totalidade das Escrituras do Antigo Testamento, mas apenas as do pacto mosaico, pelo qual a salvação era obtida mediante a obediência à Lei e ao seu sistema de sacrifícios. O Antigo Testamento não está abolido; boa parte de sua revelação aponta para Cristo [...], e por ser a inspirada Palavra de Deus, é útil para ensinar, repreender, corrigir e instruir na retidão" (Bíblia de Estudo Pentecostal, Rio de Janeiro: CPAD, 1995, p. 1911).
 
CONCLUSÃO
O autor já havia mostrado a superioridade do sacerdócio de Jesus sobre o arônico e levítico quando o coloca como pertencente à ordem de Melquisedeque. Agora, ele mostra que esse sumo sacerdote possui um ministério superior porque ministra em um santuário superior e é o fiador de uma superior aliança. Por pertencerem a essa Nova Aliança, os crentes desfrutam de promessas superiores. Por isso glorificamos a Deus por essas bênçãos.

PARA REFLETIR
A respeito de Uma Aliança Superior, responda:
• De acordo com o escritor aos Hebreus, onde "fica" o tabernáculo em que Jesus entrou para oficiar?
Para o escritor aos Hebreus, esse tabernáculo é o próprio céu que é chamado "verdadeiro Tabernáculo" por pertencer à dimensão celestial.
• Por que Jesus deve ser visto como Sacerdote-Rei?
Porque Jesus é o único Sacerdote-Rei que cumpriu as exigências da profecia bíblica do Salmo 110.4.
• Cristo continua oferecendo sacrifícios no céu? Explique.
Não, pois Ele intercede por todos os que o invocam.
• Qual é a diferença da Nova Aliança, em relação à Antiga, em termos de alcance?
Na Nova Aliança o conhecimento do Senhor está à disposição de todos os crentes e não apenas de uma classe privilegiada, como ocorria na Antiga Aliança.
• No aspecto relacional, qual a grande diferença entre a Nova e a Antiga Aliança?
Na Nova Aliança, em vez de uma recordação de pecados todos os anos (Hb 10.3 - ARA), como na Antiga Aliança, Deus não mais se lembra dos pecados de seu povo (Hb 10.17).

SUBSÍDIO ADICIONAL
Fonte: Revista Ensinador Cristão - CPAD, n° 72
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. Introdução
• Texto Bíblico: Hebreus 8.1-10
2. l. Um Santuário Superior
• 1. Pertencente a uma dimensão superior.
• 2. Possuidor de uma natureza superior.
• 3. Possuidor de uma importância.
3. II. Um Ministério Superior
• 1. No aspecto posicionai.
• 2. No aspecto funcional.
• 3. No aspecto cultual.
4. III. Uma Promessa Superior
• 1. De natureza interior e espiritual.
• 2. De natureza individual e universal.
• 3. De natureza relacional.
5. Conclusão
Vivemos num contexto em que a dimensão espiritual e celestial em muitas igrejas está se perdendo. Podemos apontar vários culpados para esse fenómeno: a teologia da prosperidade, a prosperidade económica das nações, as distorções acerca das profecias concernentes a volta de Cristo e outros motivos. Entretanto, aproveite a oportunidade desta aula para resgatar o caráter celestial e espiritual do ministério de Jesus Cristo, logo, da missão da Igreja, o Corpo de Cristo. Assim, dialogando com a classe, pontue as seguintes questões em que o próprio Senhor deixa essa verdade bem clara:
• A Pilatos: "o meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui." (Jo 18.36).
• A alguns da multidão: "Mas, se eu expulso os demónios pelo dedo de Deus, certamente, a vós é chegado o Reino de Deus." (Lc 11.20).
• Aos três discípulos mais próximos: "E, estando ele orando, transfigurou-se a aparência do seu rosto, e as suas vestes ficaram brancas e mui resplandecentes. E eis que estavam falando com ele dois varões, que eram Moisés e Elias, os quais apareceram com glória e falavam da sua morte, a qual havia de cumprir-se em Jerusalém." (Lc 9.29-31).


Finalize essa atividade citando a conhecida mensagem do apóstolo Paulo aos coríntios: "Se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens" (1 Co 15.19). Boa aula!

A ENTRADA DE JESUS EM JERUSALÉM




TEXTO BÍBLICO
Mateus 21.1-11
1 E, quando se aproximaram de Jerusalém e chegaram a Betfagé, ao monte das Oliveiras, enviou, então, Jesus dois discípulos, dizendo-lhes:
2 Ide à aldeia que está defronte de vós e logo encontrareis uma jumenta presa e um jumentinho com ela; desprendei-a e trazei-mos.
3 E, se alguém vos disser alguma coisa, direis que o Senhor precisa deles; e logo os enviará.
4 Ora, tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta, que diz:
5 Dizei à filha de Sião: Eis que o teu Rei aí te vem, humilde e assentado sobre uma jumenta e sobre um jumentinho, filho de animal de carga.
6 E, indo os discípulos e fazendo como Jesus lhes ordenara,
7 trouxeram a jumenta e o jumentinho, e sobre eles puseram as suas vestes, e fizeram-no assentar em cima.
8 E muitíssima gente estendia as suas vestes pelo caminho, e outros cortavam ramos de árvores e os espalhavam pelo caminho.
9 E as multidões, tanto as que iam adiante como as que o seguiam, clamavam, dizendo: Hosana ao Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!
10 E, entrando ele em Jerusalém, toda a cidade se alvoroçou, dizendo: Quem é este?
11 E a multidão dizia: Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galileia.

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
Este episódio dá início ao quinto bloco narrativo do Evangelho de Mateus (Mt 21.1-11). O texto descreve a chegada de Jesus em Jerusalém, centro do poder religioso. O Mestre já havia predito, aos seus discípulos, que em Jerusalém Ele iria padecer nas mãos dos anciãos, principais sacerdotes e escribas. Jesus afirmou que seria morto, mas ao terceiro dia ressuscitaria (Mt 16.21).

O Messias entrou em Jerusalém montado em um jumentinho, de forma humilde, para que se cumprissem as Escrituras Sagradas e
o povo o recebe bem, aclamando-o como enviado de Deus.

I - A ENTRADA DO REI DOS REIS EM JERUSALÉM (Mt 21.1-3)
1. A expectativa da chegada de Jesus em Jerusalém.
Talvez, os discípulos estivessem animados e ansiosos em relação à chegada de Jesus na cidade de Jerusalém. Quem sabe eles não pensavam que Jesus iria assumir o poder político ou que algo sobrenatural iria acontecer? Todavia, Jesus reuniu os seus discípulos em particular para informar que em Jerusalém Ele seria perseguido e morto. Esta foi a terceira vez que Jesus predisse a sua morte e ressurreição na cidade de Jerusalém (Mt 16.21; 17.22,23; 20.18).

No capítulo 20, Mateus narra o pedido da mãe dos filhos de Zebedeu, Tiago e João, (v. 20). Ela intercede pelos seus filhos, a fim de que eles fossem colocados ao lado de Jesus quando Ele assumisse o seu Reino (v. 21). Fica claro que a expectativa era de que Jesus assumisse o poder em Jerusalém. Então, Jesus adverte aos discípulos a fim de que eles não brigassem por posição, pois os valores do seu Reino eram superiores aos dos homens, e quem quisesse ser o primeiro, deveria ser servo de todos (v. 27). Jesus lhes falava a respeito do Reino dos Céus, mas eles estavam focados nas coisas deste mundo.

2. A entrada em Jerusalém, uma fase de transição.
Os discípulos ainda não haviam compreendido o real propósito da missão de Jesus, mesmo depois de Ele predizer algumas vezes a respeito de sua paixão e ressurreição. Por isso, depois da morte de Jesus os discípulos ficaram tão decepcionados e desanimados. Segundo o Evangelho de Marcos e Lucas, dois deles resolveram deixar Jerusalém e seguir para Emaús (Lc 24.13,21).

Mateus narra a chegada de Jesus em Jerusalém de forma que lembra a entrada das comitivas dos reis de Israel e as greco-romanas. Estas entradas incluíam: marchas triunfais, honrarias militares, bem como a chegada de um rei ou soberano montado em uma mula. A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém marcaria um momento importante de transição para a sua paixão.

3. Jesus planejou sua entrada em Jerusalém.
Ainda em Betfagé, no Monte das Oliveiras, Jesus dá uma ordem a dois dos seus discípulos: “Ide à aldeia que está defronte de vós e logo encontrareis uma jumenta presa e um jumentinho com ela; desprendei-a e trazei-mos” (Mt 21.2). Percebe-se que Jesus já tinha tudo planejado, diferente de alguns crentes que fazem tudo de modo improvisado.

A primeira impressão que temos, ao ler o relato de Mateus, é que Jesus conhecia o dono dos animais, pois Ele orienta os discípulos dizendo: “E, se alguém vos disser alguma coisa, direis que o Senhor precisa deles; e logo os enviará” (Mt 21.3). Mas, fazia parte do costume da época o sistema de angária, ou seja, as pessoas tinham obrigação de ceder ou alugar animais de carga para o serviço dos soberanos.

Pense!
Enquanto muitos querem demonstrar que são importantes, Jesus expõe sua humildade. Jovem, em sua vida cristã, o que você tem procurado exibir?
Ponto Importante
A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, representava o governo humilde do Messias. Tal acontecimento incomodou as autoridades religiosas.

II - A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS MONTADO EM UM JUMENTINHO, UM ATO MESSIÂNICO (Mt 21.4,5)

1. Os profetas e a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém.
Mateus é o único evangelista sinótico que registra que o jumentinho estava preso a uma jumenta. O fato de o animal estar junto à mãe demonstrava que ele ainda não tinha sido desmamado e que nunca havia sido montado. É importante ressaltar que somente Mateus e João registram que as ações de Jesus cumprem as profecias.

O Evangelho de João 12.15,16 deixa claro que os discípulos só conseguiram relacionar a entrada de Jesus em Jerusalém, montado em um jumento, com os textos proféticos, somente depois da morte do Salvador. Mateus cita na primeira linha o texto de Isaías 62.11, e
as demais são de Zacarias 9.9.

2. A humildade do Messias.
Ao contrário de todas as expectativas messiânicas dos judeus, Jesus, em diferentes ocasiões, demonstrou que seu reinado seria de paz e humildade. O Comentário Bíblico Pentecostal afirma esta ideia ao asseverar que “o jumentinho é um transporte de paz e não de guerra.”

A entrada de Jesus em Jerusalém, montado em um jumentinho, de certa forma, se assemelhava às comitivas reais, mas o Salvador já havia deixado claro que Ele veio ao mundo não para ser servido, mas para servir (Mt 20.28). Jesus estava propagando o Reino de Deus, cujos propósitos e valores são diferentes dos reinos deste mundo.

3. Os discípulos obedecem as recomendações do Mestre.
Os dois discípulos obedeceram rigorosamente às ordens de Jesus. Tal obediência foi importantíssima para o cumprimento das profecias e para que o planejamento que Jesus havia feito desse resultado. Sem a obediência dos liderados não existe liderança eficiente.

Pense!
Os discípulos atenderam as ordens de Jesus e fizeram tudo como Ele havia solicitado. Jovem, como discípulo de Cristo, você
obedece a seus líderes?
Ponto Importante
O jumento era um animal de transporte utilizado em tempo de paz. Isso nos mostra que o Reino implantado por Jesus na Terra é um Reino de paz e humildade.

III – JESUS É RECEBIDO COMO REI MESSIÂNICO (Mt 21.8-11)

1. A entrada triunfal de Jesus e sua comitiva.
A entrada repentina de Jesus em Jerusalém causou um grande alvoroço na cidade, pois era algo inusitado e que atraiu um público significativo. Tal fato se assemelha à entrada de Salomão quando este foi constituído rei e desceu a Giom, utilizando a mula que pertencia o seu pai, o rei Davi (1 Rs 1.33). A ação das pessoas, de espalharem roupas pelo chão na estrada diante de Jesus, também se assemelhou a unção de Jeú quando este foi declarado rei (2 Rs 9.13). Jesus foi recebido como um Rei, porém, como Ele afirmou a Pilatos: “[...] O meu Reino não é deste mundo” [...] (Jo 18.36).

2. Jesus é aclamado como Rei Messiânico.
Quando Jesus entrou em Jerusalém a multidão que o seguia o exaltou com partes do Salmo 118.26. Segundo o Comentário Bíblico Pentecostal, “hosana é a versão grega transliterada da expressão hebraica, ‘salva-nos’” (Sl 118.25). Mateus enfatiza a ação das pessoas ao cortarem e espalharem ramos e gritarem “hosana”, pois tais ações eram muito utilizadas nas festividades judaicas. Infelizmente, a multidão que gritou “hosana”, foi a mesma que também gritou: “Crucifica-o!” “Crucifica-o!” Escolheram soltar Barrabás, um salteador e homicida, e pediram a prisão e morte de Jesus. Por isso, o crente não deve se iludir com a fama e a bajulação das multidões. O importante é conhecer e viver os princípios bíblicos e procurar agradar sempre a Deus.

3. A recepção de Jesus é vista como uma ameaça pelos líderes religiosos de Jerusalém.
O alvoroço das pessoas, a aclamação do povo e o reconhecimento
de Jesus como uma figura messiânica, abalaram a segurança das principais autoridades religiosas de Jerusalém.

Jesus passou a ser uma ameaça ainda mais perigosa. Somente Mateus registra o questionamento da multidão a respeito de quem era Jesus. A resposta foi: “Este é Jesus, o Profeta de Nazaré da Galileia” (v. 11). Em determinado período do seu ministério, Jesus atuou mais distante do principal centro religioso da sua época, mas agora Ele chega a Jerusalém e “alvoroça” a cidade com sua presença.

Lucas registra o pedido dos fariseus para que Jesus repreendesse seus discípulos: “[...] Mestre, repreende os teus discípulos [...]” (Lc 19.39). Mas Jesus os repeliu dizendo que se eles se calassem até as pedras clamariam (Lc 19.40). Agora não haveria mais volta, Jesus daria prosseguimento a sua morte de cruz e ao sacrifício que proporcionou a nossa salvação.
Pense!
Jesus conhecia os perigos da fama e do clamor das multidões. Ele demonstrou isso na narrativa da tentação. Jovem, como você lidaria com a fama e a popularidade?
Ponto Importante
A multidão que na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém clamou,
“Hosana” foi a mesma que no seu julgamento clamou, “crucifica-o.”
SUBSÍDIOS 1
“A entrada triunfal aconteceu em um domingo. Depois de curar os dois cegos em Jericó, Jesus e os seus discípulos, acompanhados pelos peregrinos da Galileia a caminho da festa da Páscoa, haviam caminhado pela estrada de Jericó em direção a Jerusalém. Isso aconteceu em uma sexta-feira. Desde o pôr do sol da sexta-feira até o pôr do sol do sábado (o sábado judaico). Jesus e os seus discípulos descansaram, talvez na casa de Marta e Maria em Betânia.

No domingo, eles foram para Jerusalém e, no caminho, evidentemente pararam em Betfagé. Essa vila não é mencionada no Antigo Testamento, mas somente em conexão com a entrada triunfal no Novo Testamento. O Talmude fala sobre ela como estando próxima a Jerusalém. Dalman diz, com base na literatura rabínica: ‘Este deve ter sido um distrito situado fora de Jerusalém (um subúrbio, mas não uma unidade independente), que começava na fronteira do santuário, isto é, antes do muro oriental de Jerusalém’. Isso pode sugerir um território que incluía o vale de Cedrom e a encosta ocidental do monte das Oliveiras. Como de costume, Mateus cita o cumprimento de uma profecia nesse evento da vida de Cristo. A citação corresponde a Zacarias 9.9 (cf. também Is 62.11) onde está previsto que o Rei-Messias viria humildemente, montado em um jumento. [...] Josefo registra a crença popular de que o Messias iria aparecer no monte das Oliveiras (Comentário Bíblico Beacon: Mateus a Lucas. Vol. 6. 1.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.144-145).

SUBSÍDIOS 2
questão mais importante é que Jesus deliberadamente se identifica como o Messias e, assim, cumpre a profecia. Até aqui não é feita menção nos Evangelhos de Jesus viajar montado num animal; com certeza Ele não precisaria ir montado num jumentinho para perfazer a distância de Betfagé aos portões da cidade, a qual poderia ter sido percorrido à pé. Dos escritores sinóticos, só Mateus nota que as ações de Jesus cumprem a profecia (Mt 21.4,5; cf. também Jo12.14,15). Isto é característico do registro frequente de Mateus aludir o cumprimento de profecia com sua expressão introdutória: ‘Para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta’. A primeira parte de sua citação é de Isaías 62.11 e a segunda, de Zacarias 9.9. O monte das Oliveiras é o local da volta do Messias (veja Zc14.4). No uso que Mateus faz de Zacarias 9.9, ele omite as palavras ‘justo e Salvador’, e a descrição subsequente de um Messias vitorioso, preferindo enfatizar Jesus como humilde (Mt 5.5; 12.18-21). O jumentinho é um transporte de paz, não de guerra; o conquistador vem como pacificador humilde. [...] o fato de outro ‘Filho de Davi’, Salomão, ter montado a mula de Davi, seu pai, quando foi coroado na fonte de Giom no mesmo vale ao longo do qual Jesus esta agora indo montado no jumentinho (1 Rs 1.38) não teria passado despercebido pela audiência judaica de Mateus” (ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Ed.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004, p.116).

CONCLUSÃO
Na lição de hoje, aprendemos que Jesus realizou sua missão de forma planejada a fim de cumprir com o seu propósito: observar as Escrituras. Sua entrada em Jerusalém, ao contrário de todas as expectativas, demonstra que o seu Reino não era desse mundo, por isso era um reino de paz, humildade e justiça.

HORA DA REVISÃO
1. Quais eram os nomes dos filhos da mulher que intercedeu por eles diante de Jesus para que fossem colocados ao seu lado, quando assumisse o trono?
No capítulo 20, Mateus narra o pedido da mãe dos filhos de Zebedeu, Tiago e João.
2. O que lembrava a cena empregada na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém?
Mateus narra a chegada de Jesus em Jerusalém de forma que lembra a entrada das comitivas dos reis de Israel e as greco-romanas.
3. Segundo a lição, Jesus planejou sua entrada triunfal em Jerusalém?
Sim. Jesus dá uma ordem a dois dos seus discípulos: “Ide à aldeia que está defronte de vós e logo encontrareis uma jumenta presa e um jumentinho com ela; desprendei-a e trazei-mos” (Mt 21.2). Percebe-se que Jesus já tinha tudo planejado, diferente de alguns crentes que fazem tudo de modo improvisado.
4. A entrada triunfal de Jesus se assemelhava a qual rei do Antigo Testamento?
Se assemelhava à entrada de Salomão quando este foi constituído rei e desceu a Giom, utilizando a mula que pertencia o seu pai, o rei Davi.
5. Qual foi a resposta de Jesus quando os fariseus pediram para que calasse seus discípulos?
Jesus os repeliu dizendo que se eles se calassem até as pedras clamariam (Lc 19.40).